DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA: Caminhada pela igualdade racial

Fotos: Carol de Andrade/Sete-PCR

Fotos: Juliana Bandeira/Sete-PCR

Em celebração do Dia da Consciência Negra, a Secretaria de Educação realizou a 10º Caminhada pela Igualdade Racial, projeto elaborado em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e, em conjunto com o Grupo de Trabalho em Educação das Relações Étnico-Racial (GTERÊ). A concentração da caminhada foi ás 15h, no Parque Treze de Maio e de lá seguiu até a Basílica de Nossa Senhora do Carmo.

A caminhada contou com a participação de 18 escolas da Rede de Ensino do Recife que fazem parte do ‘Mais Educação’’, programa do Governo Federal realizado em parceria com a Secretaria de Educação, que garante atividades no contra turno escolar dos estudantes.

Nesta passeata são apresentadas as reivindicações à sociedade, como a criação da Casa da Capoeira, das Secretarias Municipais e Estaduais de Reparação Racial e a construção de um política pública permanente de valorização e fortalecimento da capoeira e de outras expressões culturais dos povos tradicionais.

As escolas passaram por oficinas e debates durante a semana, onde realizaram trabalhos com a temática ‘’Tire o seu racismo do caminho que eu quero passar com minha cor’’. Esses trabalhos foram apresentados ao longo da caminhada, acompanhadas de apresentações de dança e capoeira.

A primeira caminhada foi organiza em 1988 pelo Movimento Negro do Recife, uma ação do Ministério da Cultura em homenagem ao centenário de Zumbi. Diversos municípios do Estado participaram, vivenciando debates sobre o tema dentro das escolas da rede.

Em 2006, a professora Auxiliadora Martins, que coordenava o GTERÊ, retomou a ideia de 1988 com as unidades de ensino da Rede de Ensino do Recife que já tinham atividades organizadas como capoeira, repercussão e danças afros como ‘hip-hop’ e dança de rua. A gerência organizava os adolescentes para que participassem do passeio demonstrando seus talentos.

‘’Quem viveu essas experiências nos primeiros anos do movimento estão dando continuidade. Reunimos alunos das escolas do Recife nesse 20 de novembro, que já faz parte do calendário oficial do Sistema Educacional Brasileiro’’, disse Maria de Fátima Oliveira Batista, coordenadora do GTERÊ.

Segundo a professora Maria do Carmo Sampaio, que trabalha nos anos finais da Secretária da Educação, o Dia da Consciência Negra não pode ser passado em branco. ‘Os estudantes precisam se envolver nesses movimentos, aprofundar-se sobre o assunto pois no Brasil há uma grande diversidade cultural’’, afirmou. ‘’Também precisamos trabalhar nessa quebra de preconceitos, esses eventos fazem com que a sociedade mude de postura. A escola é primordial nesse papel’’, complementa Maria Sampaio.

O evento finalizou por volta das 17h30 com uma apresentação de axé da Escola Municipal Hugo Gerdau, na frente da estátua de Zumbi.

 

Fotos: Carol de Andrade/Sete-PCR

Fotos: Juliana Bandeira/Sete-PCR

 

 

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